Um velho chora,
na beira da cama,
à espera do tempo.
Um trovador desatina,
na beira do rancho,
à espera da lira.
Um ébrio canta
em meio à orgia,
à espera da fé.
E a noite se cala,
atenta à seresta.
2006-07-20
2006-07-17
Onírico
Sonhava com mulheres
que mal conhecia.
E beijava lábios que julgava
vermelhos.
Até o dia em que abriu os olhos
e tentou avistar os céus.
Deparou-se com os telhados.
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