agoniza o menino,
perante a platéia sedenta
que gargalha histericamente,
jogando tomates sobre o seu cadáver
e há alguns minutos atrás,
este mesmo menino brincava de pique-pega,
e gozava a sua breve juventude
os paralelepípedos frios,
lhe servem de cobertor
nesta noite lúgubre
o sereno toca os seus braços
miúdos
a sua agonia é o meu poema,
desgraça que me faço,
cena mal ensaiada
de um elenco cretino,
ensaio sobre o fim.
2007-05-26
2007-05-17
Escuro dos Dias
Nós nunca estivemos presos,
mas desde cedo tivemos medo da liberdade.
Nem nunca estivemos sozinhos,
mas desde sempre tememos a solidão.
E a gente se silencia,
por tentar saber porquê é tão
difícil,
se ver livre das horas,
livre do tempo.
Se deixar jogar ao escuro dos dias.
Nós nunca estivemos tão perdidos,
a ponto de não sabermos o caminho
de casa,
mas falhamos mesmo assim.
Nós jogamos as chaves pelas janelas,
mesmo sabendo que
as portas jamais estiveram trancadas.
Mesmo sabendo
que havia espelhos pelos corredores,
embora a luz já estivesse acesa.
mas desde cedo tivemos medo da liberdade.
Nem nunca estivemos sozinhos,
mas desde sempre tememos a solidão.
E a gente se silencia,
por tentar saber porquê é tão
difícil,
se ver livre das horas,
livre do tempo.
Se deixar jogar ao escuro dos dias.
Nós nunca estivemos tão perdidos,
a ponto de não sabermos o caminho
de casa,
mas falhamos mesmo assim.
Nós jogamos as chaves pelas janelas,
mesmo sabendo que
as portas jamais estiveram trancadas.
Mesmo sabendo
que havia espelhos pelos corredores,
embora a luz já estivesse acesa.
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