2012-07-12
2012-05-13
Charles Bukowski Adormeceu
é o cigarro aceso à palma da mão,
é a lagrima contida à mesa de jantar,
são os pratos quebrados sob os
os nossos chinelos,
é a dor do veneno que chafurda em
nossas veias.
quando não há mais salvação,
resta o sorriso amarelo costurado
na cara e a certeza escarrada
de que os dias viraram anéis
de fumaça.
é a goela ardendo a cada gole
de conhaque barato,
é a puta chorando impiedosamente
pelos seus trocados sujos de sangue,
é a redenção dos inocentes.
à luz da noite,
os pássaros adormecem inquietos.
resta às mariposas,
o silêncio da casa
e o cadáver aberto.
é a lagrima contida à mesa de jantar,
são os pratos quebrados sob os
os nossos chinelos,
é a dor do veneno que chafurda em
nossas veias.
quando não há mais salvação,
resta o sorriso amarelo costurado
na cara e a certeza escarrada
de que os dias viraram anéis
de fumaça.
é a goela ardendo a cada gole
de conhaque barato,
é a puta chorando impiedosamente
pelos seus trocados sujos de sangue,
é a redenção dos inocentes.
à luz da noite,
os pássaros adormecem inquietos.
resta às mariposas,
o silêncio da casa
e o cadáver aberto.
2012-04-26
2012-02-02
Velhice
I
Por detrás dos bondes
vejo os meninos correndo
Por detrás da janela
vejo a sala de jantar
vazia e os rostos mortos
sobre a mesa
II
Há mais vida nos sonhos
do que naqueles quintais,
há mais sonhos na morte
do que naqueles varais
III
Enquanto passam os carros,
um homem senta-se à beira
do meio-fio
Traja a velha roupa de marinheiro,
herança de seu pai,
a grande glória que lhe resta
IV
Próximos à linha do trem,
gatos pardos comem restos
de poeira
V
Sob o pranto do céu,
repousam as flores
Corpos blindados em dor
repousam também, ainda que
de olhos abertos
VI
Idem ao II
VII
Os homens invejam a velhice das árvores.
Por detrás dos bondes
vejo os meninos correndo
Por detrás da janela
vejo a sala de jantar
vazia e os rostos mortos
sobre a mesa
II
Há mais vida nos sonhos
do que naqueles quintais,
há mais sonhos na morte
do que naqueles varais
III
Enquanto passam os carros,
um homem senta-se à beira
do meio-fio
Traja a velha roupa de marinheiro,
herança de seu pai,
a grande glória que lhe resta
IV
Próximos à linha do trem,
gatos pardos comem restos
de poeira
V
Sob o pranto do céu,
repousam as flores
Corpos blindados em dor
repousam também, ainda que
de olhos abertos
VI
Idem ao II
VII
Os homens invejam a velhice das árvores.
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