agoniza o menino,
perante a platéia sedenta
que gargalha histericamente,
jogando tomates sobre o seu cadáver
e há alguns minutos atrás,
este mesmo menino brincava de pique-pega,
e gozava a sua breve juventude
os paralelepípedos frios,
lhe servem de cobertor
nesta noite lúgubre
o sereno toca os seus braços
miúdos
a sua agonia é o meu poema,
desgraça que me faço,
cena mal ensaiada
de um elenco cretino,
ensaio sobre o fim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Um poema carcomidamente belo.
Antônio Alves
"De nossas escolhas" é absurdamente bonito. Parabéns!
Postar um comentário