Novamente encontrava-se sem rumo, despossuído de promessas e submerso nas velhas desilusões que voltavam a alimentar seus olhos castigados, tanto como havia sido outrora.
Não sabia mais onde encaixar os pés, e temia por ter de voltar ao ponto que havia caído, sem mais encontrar uma mão disposta a levantá-lo. Talvez por isso, ele não mais tivesse a certeza de estar caminhando com os pés amarrados ao chão de pó.
Mas a infantil esperança ainda o tomava como par, aquela voz insistente e quase muda, que o ordenava a seguir, não importando para onde ou por qual motivo, independente do caminho ou da distância a ser traçada; habitava ali, a estridente vontade de recomeçar.
Nem que para isso, fosse preciso fazer da agonia a sua voz.
[Essa é a história do cara que confundia nuvens com o chão e, desta forma, queria fazer do céu uma alameda torta para comportar todos os seus sonhos perdidos]
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3 comentários:
ALTAMENTE TOCANTE... me tirou do chão... beijos
Realmente muito bom, fez eu refletir muito a respeito da vida, das coisas que criamos em vão pela frustração de não ter os sonhos realizados... sigo na esperança que o "ainda" pode dar: a alameda torta. Obrigado.
Emocionei-me
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