Só havia noite
na clarividência da voz
que se mostrava quente,
encoberta pelo manto
bege da ignorância.
E se cuspiam estrelas
naquele chão de zinco
daquela casa torta,
daquela gente pálida
de paletó azul.
Não mais havia cólera
no tumor oculto
que ardia nunca,
nunca mais se alastrava,
nunca mais se enxergava.
Nunca mais se era
naquele tempo avulso
onde pisavam todos
sobre os papéis picados
e cintilantes
em que se refletiam pedaços
tão pequenos quanto os dias
e os céus.
2009-05-08
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4 comentários:
Que bonito, Sr. Iuri! :)
Que lindo! me tirou um pouco daqui e me levou pra alguma parte silenciosa e bonita do mundo. obrigadaa, bjo
Desculpe não falar da sua poesia. Mas comentaste meu blog dizendo do Vasco, num post meu de 2006 se não me engano.
Vale mais subir pra primeira divisão que ganhar a copa do Brasil, sejamos pragmáticos.
Abs.
João.
Ei, obrigada pela visita! Seu blog é bem bacana!
Volatrei sempre!
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