2008-11-30

O Último

Pensou estar morto e sorriu vacilante com os olhos rasos d'água. Esfregou as mãos repetidas vezes de forma doentia, celebrando uma espécie de ritual taciturno.
Cerrou a vista amargurada, levantou-se e partiu de volta ao seu começo, prometendo a si mesmo e a quem mais não pudesse ouvir, desfazer todas as suas preces de amor àquela cidade sem alma que ensaiava engolir as suas cinzas.