2008-11-30

O Último

Pensou estar morto e sorriu vacilante com os olhos rasos d'água. Esfregou as mãos repetidas vezes de forma doentia, celebrando uma espécie de ritual taciturno.
Cerrou a vista amargurada, levantou-se e partiu de volta ao seu começo, prometendo a si mesmo e a quem mais não pudesse ouvir, desfazer todas as suas preces de amor àquela cidade sem alma que ensaiava engolir as suas cinzas.

3 comentários:

Fabio Rocha disse...

Talvez o único tema seja sempre a morte...

Como vais, Iuri?

Abraços

Tainá disse...

concordo com o de cima, onde é que haja vida haverá morte - esta aqui explicitada. não tem mesmo uma frase que diz que os últimos serão os primeiros?
whatever.

(solamente o beijo, que é certo :*)

Anônimo disse...

bonito