2006-10-27

Veneno

Éramos eu e minha xícara de café
em uma decrépita cadeira de balanço.

Éramos nós,
e era a noite.

E era o relógio
a recostar-se irônico
na parede da cozinha.

E era uma noite qualquer,
como todas as noites o são.

Mas desta vez o café não acabaria.

Tudo isso,
ao som de um velho blues.

11 comentários:

Anônimo disse...

Perfeito!

Preciso dizer mais alguma coisa???

Tainá disse...

viva.

e essa lua que não me deixa, iuri?
[que faço?]

'o relógio a recostar-se irônico na parede da cozinha'. caralho.
de uma exatidão mágica isso.

e o 'veneno' no topo me surpreendeu.

esse moço tá um moço tão harmonioso com as palavrinhas. ;)


me recolho,
beijo ;*

Anônimo disse...

[demorei, mas linkei ;)]

No somatório das coisas que 'eram', parece que o veneno destila... me parece que tem a ver com algum tipo de memória prejudicial, ou a presença 'venenosa' de alguém. Ou ainda: pura viagem da minha parte, rs.
Um beijo!

octavio roggiero neto disse...

É, poeta, a noite, eis a nossa sina! Assassina que apunhala solidões.

Anônimo disse...

**Oi!**
Td bem? Nunca mais apareceu!
O q conta de bom?

**Bjs!**

Bom domingu!

Anônimo disse...

Veneno devidamente degustado nesta primeira visita... voltarei sempre em busca de antídotos... beijos estreantes

Anônimo disse...

Mocinho, vc escreve bem mesmo! Eu gosto de ler seus textos... só não gosto de café! =)
Bjs

Anônimo disse...

lindo.
ótimas combinações
noite e café,
cadeira de balanço e solidão.
muito bom mocinho!

[adorei seu relógio irônico]

beijo

Bárbara disse...

pow aqui tbm tem isso :
café, cadeira de balanço, relogio ironico, parede de cozinha, uma noite e as vezes um blues!
poderia ter vivido uma situação dessas ! mas ela eh sua e muito bem escrita!
bjos
bha

Anônimo disse...

Hei,
que boa poesia. Gostei.

Anônimo disse...

O café não acaba assim como o poema e o significado q existe nele!
Muito bem trabalhado!