Retrato I- Quando é noite ainda
Queima a arte
e pulsa a matéria.
Os poetas riem,
e as putas cobram.
Retrato II- Réquiem
Delira a dor
que se converte em voz.
Subitamente,
um corpo gira.
Retrato III- Da verdade
Não mais desejo,
quem dirá paixão.
E vomitam sangue
num prato sem cor.
Retrato IV- Ensaio para um epílogo
Não serão desatinos,
pois haverá depois.
Os poetas fedem,
e as putas cobram.
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3 comentários:
a eternidade dos retratos
:)
Bom poema, gostei do modo como ele está estruturado. Os poetas fedem e as putas f..., quer dizer, cobram, com certeza.
Abraço,
David.
Adorei o seu blog, muito bom o poema!
;)
bju
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